Reunião de Moradores

Os moradores das regiões próximas ao Caic, precisamente na junção do Jd. Cidade Nova, Jd. Pouso Alegre com Xangô Oxalá fizeram uma reunião na casa da Sra. Iracema, para discutir problemas inerentes às comunidades locais no último dia 21, feriado de Tiradentes. Todos reconhecem a carência que nossa cidade passa por falta de atendimento público, como saúde, transporte e segurança, entre outros. Na quinta-feira, dia 19, somente três pacientes puderam ser atendidas para GINECOLOGIA na Unidade de Saúde da Família Espaço Cidadão, no Caranguejo, porque uma profissional de saúde avisou em alto e claro som que só havia 3 PARES DE LUVAS disponíveis. 

“Segunda-feira passada precisei dormir na frente do (Hospital) Nelson Barros e 7:00h da manhã voltei decepcionada porque não tinha vaga para minha necessidade” , disse dona Marinalva, do Xangô Oxalá. Ainda tem outro problema. Quem é do loteamento tal não pode ser atendido em tal outro local. Um absurdo que o povo, sinceramente, não entende e não se conforma. “Temos que andar, subir e descer ladeira para pegar um coletivo porque não existe transporte que nos leve a lugar algum partindo do Caic”, reclamou dona Francisca quando abordamos o assunto transporte urbano. Há uma linha da BTU que passa uma única vez, às 5:40h da manhã da linha Vida Nova x Lapa(Via Parque São Paulo).  "Nós não vemos um atendimento desrespeitoso e precário como este nem nos interiores em desenvolvimento", continuou ela. Esta gestão que se encontra vive dizendo que a cidade está “maravilhosa”, mas este conto de fadas não chega aos mais precisados nas periferias da cidade. Nós vivemos uma realidade de ruas com esgoto a céu aberto, escolas em reforma justamente no início das aulas, sem falar na greve absurda que durou dias e dias por intransigência da prefeitura. 

Vivemos uma realidade de funcionários públicos apadrinhados e mal treinados que destratam o cidadão quando este precisa de um atendimento digno. Quer ser maltratado, vá no CRÁS, vá no Banco de Serviço, vá no Menandro de Faria ou Jorge Novís. Lá, você que já tem algum problema para resolver (senão não estaria lá) precisa buscar forças em Deus, porque a humilhação pela qual você passa ao ser atendido nas recepções pode te deixar com depressão e autoestima rebaixada. O atendimento público é um direito do cidadão pelos impostos pagos e serviço prestado não é um favor, é um dever dos funcionários que para isso foram contratados e remunerados para cumpri-los.