13 de mai. de 2013

Milagre: Filhos comemoram ao lado de Mãe Desaparecida


Célia Santos, 53 anos
Ela saiu de casa para um passeio despretensioso. Mas só voltou para casa três dias depois com a ajuda de um desconhecido. Só, diante da imensidão do mar na orla do Rio Vermelho, Célia Santos, 53 anos, ficou 72 horas sem comer e beber água. Mas neste domingo (12), Dia das Mães, de volta ao seio da família, Célia ganhou de presente a paz diante de seus filhos Eide e Fábio Fernandes.

O drama na família mutuipense começou na quinta-feira (2) quando Eide, acordou e não encontrou a mãe em casa. Desesperada, ela ligou para parentes e amigos, acionou a polícia e iniciou uma corrente nas redes sociais. Sem sucesso, a filha procurou a imprensa e na sexta-feira o apresentador Zé Eduardo fez um apelo para que os telespectadores da TV Record colaborassem para que os filhos tivessem de Célia conseguisse passar o Dia das Mães com a genitora.

O drama vivido pela família recebeu apoio da imprensa, parentes e amigos da Primeira Igreja Batista, no Iguatemi. Eles iniciaram uma busca na orla do Rio Vermelho, após telespectadores ligarem para emissora de TV e sinalizar que teriam visto Célia naquela região. Foram mais de 10 mil panfletos, com foto e telefone de contato, espalhados na localidade. Muitos ligaram tentando dar um norte às buscas. Alguns informaram, erroneamente, que teria visto Célia na Avenida Sete e Itinga. “Isso nos colocou em dúvida, mas nos concentramos próximo ao Aeroclube, por conta das pessoas que ligaram para a TV”, disse Eide. "Nós não desistimos em nenhum momento e sabíamos que Deus estava no controle. Mas a angústia era muito grande por conta dos medicamento que ela toma. Minha mãe sofre de depressão e quando fica sem os remédios pode ter crises difíceis de reverter”, conta Eide.

A filha conta que o irmão ficou muito emocionado e abalado diante das buscas sem resultados. “Ele pensava que algo pior teria acontecido com minha mãe, chegou a pensar em sequestro e estava disposto a dar tudo o que tinha pelo bem estar dela”, lembrou.

Ainda se recuperando do drama enfrentado, Célia preferiu não fazer muitas fotos 

Foto: Roberto Viana // Bocão News
Na noite de sábado (11), um telefonema parecia ser o que a família esperava. Um homem identificado como José Luiz e outro de prenome Raimundo, diziam que encontraram uma mulher que parecia ser Célia. Os desconhecidos são seguranças do Multishopping no Rio Vermelho, e o que seria apenas mais uma suspeita, concretizou-se e finalmente o drama vivido pela família mutuipense chegava ao fim. Célia foi identificada por uma amiga da família que foi até o local indicado pelos seguranças.

Molhada, suja, abatida e com fome, Célia foi levada para a casa de amigos onde os filhos se concentravam em oração para encontrar a mãe. “Só temos motivos para comemorar, além de ter minha mãe neste domingo, o meu aniversário que será na próxima terça-feira será em paz”, comemora Eide.

Com um ar de tranquilidade, lúcida, e muito emocionada, Célia relatou como foi passar estes dias na rua. “Eu sai apenas para dar um passeio, mas não consegui voltar para casa. No primeiro dia eu não dormi, vi o dia amanhecer. Tomei banho de mar, me machuquei nas pedras da praia no sábado, não comi até que cheguei em casa e ninguém se aproximou de mim para oferecer ajuda.  Na noite de sábado quando me tentei abrigo, um homem me disse que meus filhos me procuravam. A única coisa que quero agora e ficar com eles. Estou muito feliz”, relatou Célia.

A família comemora: “Tudo coopera para o bem de quem ama a Deus, nós acreditamos que vivemos um milagre. Minha mãe está em casa e hoje temos um lindo testemunho para contar. Somos gratos a todos que colaboraram para que este momento acontecesse”, agradeceu Eide que, com a família e amigos, celebram o Dia das Mães. 


Fonte:
bocaonews.com.br

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