12 de mar. de 2012

Estados preparados para a greve nacional


Sindicatos e filiados estão com suas agendas prontas para cobrar o cumprimento da Lei do Piso

A greve nacional da educação vai parar as escolas públicas das redes estadual e municipal nesta semana, entre os dias 14 e 16. Os sindicatos filiados à CNTE prepararam uma intensa agenda de atividades, envolvendo toda a comunidade, para protestar contra o descaso de grande parte dos gestores públicos em não cumprir a Lei Nacional do Piso do Magistério. Além disso, eles também vão defender o maior investimento público em Educação, com a previsão de 10% do Produto Interno Bruto no Plano Nacional de Educação (PNE).

Já nesta terça-feira, dia 13, a CNTE e suas filiadas promovem um twittaço para cobrar, de governadores e prefeitos, o cumprimento da Lei n° 11.738/2008. As entidades vão usar a hashtag #Opisoelei em todas as mensagens postadas no microblog, como uma prévia da mobilização nacional.



Na Bahia a greve nacional será marcada por manifestações públicas e assembleias de trabalhadores em educação em cerca de 50 municípios baianos.

Na capital, a APLB-Sindicato realizará manifestações nos três dias da paralisação, com intensa movimentação nas ruas de Salvador.

Já o Sispec/BA vai promover caminhada e panfletagem no dia 14, esclarecendo a sociedade o motivo da paralisação, e no dia 15 realiza seminário com educadores sobre a lei do piso nacional.


Programação em Lauro de Freitas

No município de Lauro de Freitas, os trabalhadores fazem ato público no dia 14, pela manhã, com carro de som em frente à prefeitura. Na parte da tarde farão panfletagem nas regiões da cidade. O dia 15 de março está reservado para um grande movimento nas redes sociais. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Lauro de Freitas (ASPROLF) distribuirá informativo virtual a todos os associados e demais trabalhadores para que eles repassem ao maior número de contatos que tiverem. No dia 16 de março, um carro de som estará passando informação do último dia da greve nacional.



VEJA AQUI A CARTA DA CNTE À SOCIEDADE A RESPEITO DA PARALIZAÇÃO


Carta aberta à sociedade brasileira
Entre os dias 14 e 16 de março de 2012, as escolas públicas de nível
básico, em todo Brasil, paralisarão suas atividades para protestarem contra
o descaso de grande parte dos gestores públicos em não garantir educação
de qualidade socialmente referenciada para todos e todas.
Embora o Brasil, nos últimos anos, venha galgando importantes resultados
socioeconômicos – já tendo alcançado o posto de 6ª economia do mundo –,
a educação continua sendo um entrave para a inclusão de todos os
brasileiros e brasileiras no processo de desenvolvimento sustentável.
Cada vez mais, os meios produtivos exigem maior e melhor qualificação
profissional, e as relações socioculturais e ambientais, idem. Sendo que é
papel da escola pública garantir o acesso e a permanência de todos ao conhecimento e à participação cidadã na
vida política, social e econômica do país.
À luz desses objetivos, que defendemos para a escola pública, a pauta da CNTE para a Greve Nacional dos
Trabalhadores/as em Educação consiste em:
(i) Ampliar o investimento em educação para 10% do Produto Interno Bruto (PIB), ao longo da
próxima década, e exigir a aprovação do novo Plano Nacional de Educação;
(ii) Garantir o cumprimento imediato e integral da lei federal nº 11.738, que vincula o piso
salarial profissional nacional à carreira do magistério;
(iii) Implementar  a gestão democrática em todas as escolas e  os sistemas de ensino, conforme
preceitua as normas educacionais e o Estatuto da Criança e do Adolescente;
(iv) Impedir a terceirização das funções escolares, sobretudo  daquelas  desempenhadas pelos
funcionários da educação; e
(v) Assegurar outras pautas locais da educação e de seus trabalhadores.
Diante de temas tão importantes para o futuro de nosso país, convidamos a todos e todas para se juntarem à
nossa luta, que é por um Brasil mais justo, próspero, soberano e sem desigualdades que impeçam o direito das
pessoas à felicidade e, consequentemente, ao bem estar coletivo.
Quanto às atividades da Greve Nacional, as mesmas serão descentralizadas e estarão sob a responsabilidade
das 44 entidades filiadas à CNTE (ver lista anexa). Outros sindicatos da educação, mesmo não filiados à
Confederação, também poderão incorporar-se à mobilização e agendar atividades junto aos executivos e
parlamentos locais, além daquelas voltadas à comunidade escolar e à população em geral.
Em âmbito nacional, a Greve marcará o início de uma ampla jornada de luta dos trabalhadores por educação
pública, gratuita, universal, laica, de qualidade (com equidade), e por valorização profissional, devendo um de
seus desdobramentos culminar na denúncia de governadores e prefeitos – desrespeitadores da Lei do Piso – à
Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a outras instituições internacionais, além dos órgãos do Poder
Judiciário nacionais.
Certos de contar com a compreensão e o apoio de todos/as, subscrevemos.
Diretoria Executiva da CNTE


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