19 de jun. de 2013

Milhares na Paulista ironizam Neymar e Fifa em protesto contra Copa

"Não venham para a Copa do Mundo"


Na noite desta terça-feira, mais uma vez milhares de pessoas pararam a Avenida Paulista, uma das principais vias de São Paulo e marco econômico na 

América Latina, em protesto contra a realidade brasileira. E a Copa do Mundo do ano que vem foi um dos principais motivos de reivindicações.



Nem mesmo jogadores da seleção brasileira foram poupados. Um grande grupo se juntou e passou a gritar "Brasil, vamos acordar! Professor vale mais que o Neymar". O atual camisa 10 foi vendido pelo Santos ao Barcelona em transação de R$ 158 milhões.

A Fifa também foi atacada. Um dos cantos entoados pela multidão era "Ei, Fifa, paga minha tarifa!" em alusão ao aumento no preço das passagens de ônibus na capital paulista - subiu de R$ 3 para R$ 3,20 e acabou sendo o estopim das manifestações há duas semanas.

Muitos cartazes também lembravam o Mundial que será organizado em 2014. "Além de torcedor, seja cidadão! Padrão Fifa na saúde e na educação", pediu um deles. "Brasil: me chame de Copa e invista em mim. Ass: saúde brasileira", indicou outro. "Quando seu filho ficar doente, leve-o ao estádio", ironizou mais um.

Em relação à competição, havia cartolinas com as inscrições "Imagina na Copa" - termo adotado de forma irônica pela população e que um dos principais patrocinadores do torneio tem usado em suas campanhas de publicidade -, "O Brasil não é só futebol e samba" e "Não queremos Copa! Nós queremos escolas".

Nesta terça-feira, o secretário-executivo do Ministério do Esporte, Luiz Fernandes, divulgou que o custo das obras para a Copa do Mundo subiu de R$ 25,5 bilhões para R$ 28 bilhões. O Ministério, contudo, contesta a informação de aumento porque os gastos ainda estão dentro do orçamento de R$ 33 bilhões para o torneio.



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