27 de mar. de 2012

Escolas Municipais de Lauro de Freitas fazem manifestação na Câmara


Os professores da rede municipal de ensino em Lauro de Freitas acabam de decretar uma paralisação de três dias, com indicativo para greve geral a partir da próxima segunda-feira (2). De acordo com o coordenador geral do sindicato, Valdir dos Santos, a manifestação é causada pela falta de proposta da prefeita Moema Gramacho.


“Ela (Moema) não quer cumprir com o reajuste determinado pelo governo federal, de 22%. Pior, ela quer retirar um direito adquirido dos professores à gratificação. Nós decidimos em assembleia nesta tarde paralisar por três dias. Marcamos outra plenária para a próxima sexta-feira (30). Se a prefeita não sinalizar, nós vamos decretar greve geral. Só depende dela”, explicou.


Os professores foram até a prefeitura em um ato de protesto. Moema Gramacho está em Brasília cumprindo agenda e não pode atendê-los. Contudo, através da assessoria de comunicação, enviou nota à imprensa lamentando a paralisação em “pleno processo de negociação”.



A Prefeitura de Lauro de Freitas lamenta que a Associação dos Professores convoque greve em pleno processo de negociação, com reunião agendada para a próxima quinta-feira, dia 29, e muito itens ainda em discussão. Ontem, numa rodada de negociação que começou às 15h e só terminou por volta das 23h, a prefeitura apresentou a proposta de pagar o piso do MEC, que é de R$ 1.451,00, mais 27%. Com este reajuste, o menor salário pago a um professor no município será de R$ 1.842,77. O professor de nível superior receberá valores acima de R$3 mil.

Nos últimos sete anos, os professores de Lauro de Freitas tiveram reajustes sempre acima da inflação. No acumulado de 2005 a 2011, os salários foram reajustados em 71,5% para uma inflação de 36,04%. Portanto, um ganho real de 35,46%.

Esse ganho só foi possível com investimento do tesouro municipal. Em 2011, por exemplo, além de aplicar 100% dos recursos do Fundeb, mais de R$54 milhões, no pagamento dos salários da Educação – quando a Lei estabelece a obrigação de aplicar até 60% - a prefeitura complementou com mais R$10,4 milhões, numa demonstração de valorização do professor e da Educação.

A prefeitura, que se antecipou no pagamento do piso do MEC e vem praticando índices superiores aos pagos pelas demais prefeituras da RMS, também se antecipou no cumprimento da Lei 11.738 em relação à jornada de 20 horas/aula ou 1.200 minutos semanais. Segundo a lei, o professor deve cumprir dois terços dessa jornada em sala de aula (800 minutos semanais) e o tempo restante em planejamento e pesquisa. Em Lauro de Freitas, a jornada da maioria dos professores em sala de aula é de 750 minutos semanais.

A administração municipal considera que tem valorizado o professor e demonstrado respeito e compromisso com a Educação, com os alunos e a sociedade, e conclama os professores a retornarem à sala de aula.



Fonte: Bocão News


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