16 de abr. de 2012

Vigitel revela que brasileiro se alimenta mal e se exercita mais


O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, divulgaram hoje os dados mais recentes da pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), onde coletou informações nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal. O levantamento, divulgado anualmente pelo Ministério da Saúde, traz um diagnóstico da saúde do brasileiro a partir de questionamentos sobre os hábitos da população, como tabagismo, consumo abusivo de bebidas alcoólicas, alimentação e atividade física. Mais de 54 mil pessoas participaram da pesquisa realizada em 2011. “O Vigitel é parte de um conjunto de informações para que conheçamos os fatores de risco no país. Uma das boas notícias foi a redução do número de fumantes, principalmente entre os homens. A grande maioria das capitais brasileiras já está abaixo da média nacional de consumo de cigarros”, revelou Jarbas Barbosa. Segundo o secretário, Porto Alegre é o estado brasileiro com prevalência mais elevada de tabagismo. A pesquisa Vigitel mostra como fator de risco para a saúde o grande consumo de refrigerantes, carne e leite integral (com gorduras). “Os brasileiros têm trocado a água pelo refrigerante, o que prejudica demais a saúde”, destacou Barbosa. Além disso, foi comprovado que quem tem mais 12 anos de escolaridade consome mais hortaliças e menos leite com alto teor de gordura. “As regiões Norte e Nordeste apresentam percentual menor de adultos  que consomem porções diárias de frutas e hortaliças”, disse o secretário. De acordo com os dados da Vigitel, 49% da população brasileira têm excesso de peso. “O excesso de peso é maior dentre homens. As capitais do Norte e Nordeste apresentam índices menores de excesso de peso e obesidade. Além disso, homens com mais anos de estudo apresentam maior grau de obesidade e excesso de peso”, explicou Jarbas Barbosa. A pesquisa Vigitel revela, ainda,  que  homens praticam mais atividades físicas por lazer, e veem mais televisão do  que  mulheres. “Diminuiu, nos últimos 3 anos (2009 a 2011), a redução do sedentarismo na população do país. Florianópolis é a capital brasileira da atividade física no tempo livre, com 41% de sua população”, revelou o secretário,  que  também destacou ações de prevenção ao câncer de mama e colo de útero, e a luta contra o tabagismo. “O Ministério da Saúde tem adotado ações para a melhoria da saúde, como o Plano de Enfrentamento às Doenças Crônicas Não Transmissíveis, as Academias da Saúde, dentre outros ”, disse. O ministro Alexandre Padilha agradeceu a participação dos mais de 50 mil brasileiros  que  responderam à pesquisa telefônica. “Os dados da Vigitel nos ajuda pensar em ações de enfrentamento a fatores de risco. E quando as ações de prevenção à saúde chegam à população, ela adere aos exames e cuida melhor de sua saúde. Pela primeira vez estamos abaixo da média em relação ao tabagismo. Isso é retrato das políticas  que  vêm sendo exercidas. Precisamos intensificar a tendência de queda do tabagismo entre mulheres e jovens. O reforço da fiscalização contra a pirataria no cigarro também contribui para  que  os números do tabagismo diminuam mais”, lembrou o ministro Padilha.

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