Desde 26 de junho de 1987 todas as nações se mobilizam, por determinação da Organização das Nações Unidas (ONU), com o chamado para o Dia Internacional do Combate às Drogas. Mas, infelizmente não há muito o que comemorar. Estatísticas apontam que aproximadamente mais de 200 milhões de pessoas no mundo inteiro faz ou já fez uso de algum tipo de substância ilícita, que na maioria das vezes inicia-se aos 15 anos.
Por que nossos jovens estão a cada dia se jogando nas drogas? Lembro que na minha infância e adolescência era uma coisa apavorante ouvir dizer que fulano ou sicrano usava drogas. Se alguém dissese: - "O filho do vizinho tal fuma maconha", a vizinhança toda ficava assustada e o infeliz ficava com vergonha e se escondia dos amigos.
O que podemos fazer para combater o crescente consumo desta maldita "droga" que avassala nossa população? As campanhas publicitárias tem feito sua parte. A quebra do tabu e o assunto abordado nas escolas também tem contribuido para abrir a mente de muitos jovens. Mas por que cada vez mais a gente vê pessoas viciadas? Infelizmente há pessoas mesquinhas, malvadas e desumanas que aliciam nossos meninos e meninas agora, não pelo suposto prazer da viagem que o consumo proporcionaria, mas para garantirem uma grande fonte de renda financeira através dos que se viciam e, muitas vezes promessa de também os recém viciados ganharem dinheiro "fácil", repassando parte do produto ilícito que consomem.
Os chefões desafiam a masculinidade e coragem de nossos adolescentes justamente na idade em que eles ainda não se conhecem por completo e estão em um conflito interno que nem mesmo eles sabem. Com isso se tornam presas fáceis, pois querem provar para si e para o mundo sua força, seja ela física ou intelectual. Querem formar seus grupos, ostentar seus feitos e ganhar respeitos.
As meninas não ficam por menos. Antes, para muitas delas, ganhar respeito era namorar os "miseravões", os "bichos soltos", que as presenteavam com jóias roubadas e espancavam ou matavam quem "mexia" com elas. Agora elas querem o pseudo poder nas mãos. Com isso, algumas até trocam tiros com a polícia e entre grupos para dominar as bocas de fumo e se tornarem as "chefonas".
Neste combate às drogas, a maior e melhor forma porém ainda é o diálogo familiar. Não é fácil para muitas famílias, eu sei, mas os pais precisam conversar com seus filhos sobre os perigos causados pelo uso das drogas. Se você não sabe como iniciar o assunto, experimente fazer um comentário após um comercial publicitário de tevê ou mesmo um noticiário policial e observe como seu filho/a reage. Pergunte o que ele ou ela acha sobre o tema. Com uma certa atenção à resposta dele/a você perceberá se ele/a tem facilidade em sofrer influências de más companhias e perceber se ele ou ela é contra ou a favor do uso. Você ama seus filhos, então crie coragem e converse, com muita calma, de forma a não permitir que as drogas cheguem até eles, porque as drogas também são portas escancaradas para o crime. O Estatuto da Criança e do Adolescente diz que " Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais.(Art. 22 do ECA) "
Tinha, em um programa de rádio, um famoso locutor que sempre repetia uma frase: "a senhora sabe onde estão, com quem estão e o que fazem seus filhos agora?". Eu ainda era criança e não saia das barras da saia de minha mãe e achava graça quando ouvia. Mal sabia eu que esta valiosa frase/pergunta já era um alerta muito importante para o mal que começava se proliferar. E se muitos adultos da época levassem a sério, talvez (não posso afirmar), o mundo hoje não estaria como hoje se encontra.
Diga não às drogas, diga sim à vida.
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