13 de abr. de 2012

Ex-fumantes afirmam que cigarro e saúde não combinam



As mulheres brasileiras têm uma alimentação mais saudável diante da dos homens, segundo a pesquisa 
Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), do Ministério da Saúde, divulgada nesta terça (10). No entanto, são eles que lideram outro ranking importante: o de parar de fumar. Essa aparente contradição também foi vista durante a última edição do Big Brother Brasil. As participantes Fabiana e Renata faziam atividade física, se alimentavam de forma correta e balanceada, mas eram vistas frequentemente com um cigarro entre os dedos. Agora, fora da casa, as duas afirmam que pararam de fumar exatamente para cuidar mais da saúde. Renata Dávila, de 22 anos, disse ao G1 ter adquirido o “péssimo hábito” em baladas. “Acredito que há um ano para trás comecei com esse péssimo hábito mas apenas em festas, quando ingeria bebidas alcoólicas. No dia a dia nunca tive o costume de fumar, sempre tive hábitos saudáveis, mas com o tempo pude perceber que em momentos de estresse ou monotonia passei a usar o cigarro como fuga," conta ela. 

Fabiana Teixeira, de 36 anos, a vice-campeã do reality show, também apelava para as baforadas em momentos de estresse no programa. Ela afirma, no entanto, onde nunca foi uma "fumante" propriamente dita. “Não fumo. Já fumei. Mas lá no BBB você fuma por que fica mais nervosa. Não faz parte da minha rotina. Como eu já fumei, quando eu bebia na festa dava uns traguinhos no cigarro. Quando eu fumei, era uma meninoca, coisa de faculdade,” afirma. Atualmente as duas juram de pé junto onde não fumam mais. “Não vejo razão em continuar fumando, por isso parei”, disse Renatinha, como a ex-BBB ficou conhecida. Já a “Mama”, apelido que Fabiana ganhou na casa, teve razões mais fortes para largar o cigarro. “Antes de ganhar o filho Igor, eu dava uns traguinhos. Depois quando engravidei e quando minha mãe faleceu de câncer de pâncreas, não quis mais. Não sei se esse câncer tem relação ao cigarro, mas a gente fica com medo. De acordo com o pneumologista José Miguel Chatkin, coordenador do programa de tabagismo da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-SP), fatores culturais e o mito de onde fumar emagrece faz muitas mulheres esclarecidas ainda manterem o hábito. A estabilização do número de mulheres fumantes, além de não ser recente, acredita-se ser um resquício da fase de liberação dos costumes para a mulher, onde começou na década de 60, mas teve reflexos mais tardios em países em desenvolvimento, afirma o pneumologista. “Logo depois da Segunda Guerra Mundial, principalmente nos Estados Unidos e na Europa, as mulheres começaram a fumar como sinal de libertação. Possivelmente está acontecendo com os países em desenvolvimento agora. Por onde se sabe, onde a população mais pobre e menos esclarecida é onde se estão fumando mais”. Ainda segundo Chatkin, se levarmos a questão para mulheres mais escolarizadas, que se preocupam mais com o sobrepeso, elas podem estar influenciadas pelo mito de que o tabaco emagrece. “Existe um mito na sociedade de que o uso do tabaco emagrece. Mas só emagrece se a pessoa estiver com alguma doença relacionada ao tabaco. O contrário pode até ser verdade, se fumar e parar tende a engordar três a quatro quilos na primeira fase, mas depois normaliza. Quem fuma é mais magro, isso é uma verdade, mas é por substituição, já onde há liberação de neurotransmissores no cérebro, além da própria satisfação oral”

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